domingo, 29 de maio de 2011

De soldado a coronel: o Brasil e seu povo ganhariam muito


Um inédita iniciativa do governo de Goiás pretende criar a carreira única na Polícia Militar: o soldado, início de carreira, poderia chegar a coronel, posto máximo, rompendo com o modelo algo hereditário como é hoje e criando perspectivas de aproximação verdadeira da polícia do cidadão.

No modelo atual que vige para ingresso nas polícias militares brasileiras, o postulante a ser policial tem duas maneiras de o fazer: ingressa como soldado (praça) ou como aspirante-segundo tenente (oficial). Essas duas formas são distintas entre sí, embora o mesmo ofício em oferecer segurança pública à sociedade.

O conscrito para praça, depois de um concurso escrito relativamente fácil, permanece um ano na escola de soldado onde aprende a respeitar o superior hierárquico e uma ou outra noção de direito humano, que não gozará durante os 30 anos que permanecer na caserna. A ditadura ainda não foi abolida no intramuros das PMs.

O conscrito para oficial, depois de prestar exame vestibular difícil e desgastante - USP, no caso de São Paulo -, vai para a academia aprender a gerenciar a Polícia Militar. O contato social, antes ou depois de formado, do oficial com as pessoas mais simples ou com as ocorrências diárias nas quais a instituição intervém é mínimo ou quase nenhum.

Geralmente, os aprovados no vestibular para oficial são fihos ou parentes próximos dos oficiais da ativa dessas instituições ou pessoas de classe social mais elevada, cujo contato com as classe mais baixas da sociedade são quase inexistentes. Claro que, em toda regra, acontecem algumas exceções.

Mas os filhos, parentes ou pessoas de condição de vida melhor não são privilegiados nos exames: tem mais condições culturais de aprovação em razão das melhores condições sócio e econômicas de seus familiares que permite que estudem em escolas de boa qualidade. Diferente acontece com os familiares dos praças ou gente do povão, cuja vida, mais difícil e carente de recursos, os abriga a estudar em escolas públicas de qualidade ruim. E assim tem sido há muitas décadas.

Excludência e discriminação



Quem nunca viveu (ou vive) uma situação difícil não entende determinadas atitudes ou ações de outras pessoas. Se um oficial da PM não passou por privações - materias ou não - não consegue entender porque as classes mais baixas da sociedade algumas vezes vão às ruas exigir os seus direitos sonegados pelo estado. Ou mesmo dos servidores públicos de menores escalão nas reivindicações salariais ou de trabalho.

As pessoas que ocupam cargos mais elevados dentro do serviço público não precisam se reunir nas ruas para a exigência dos seus direitos. As tratativas são realizadas a portas fechadas e longe dos olhos da sociedade. Como, então, algumas carreiras ou o mesmo o cidadão podem ir para as ruas exigir?

Novo tempo

A iniciativa do Estado de Goiás pode ser o rompimento com essa exclusão ou discriminação, uma vez que obrigaria as escolas públicas melhorar o ensino para suprir o imenso número de policiais militares necessários para o policiamento preventivo nas ruas. As políciais abrigariam, de alto a baixo, servidores de todas as classes sociais e permitiria um melhor entendimento da problemática na vida das pessoas do conjunto da sociedade.

Em última análise, seria o pantapé para uma real mudança social no Brasil em todos os níveis, pois as possibilidades seriam iguais a todos em todas as carreiras, que hoje são acessíveis a um pequena parcela algo elitista da sociedade, e não só nas polícias militares.

Se o Brasil conseguiu dar um salto de qualidade nos últimos dez anos, quer no desenvolvimento quer no crescimento, estes devem ser estendidos a todos os cidadãos, o que proporcionaria, sem sombra de dúvidas, uma diminuição sensível nos índices de criminalidade e violência, cujos ganhos seriam de todos. Não só isso mas criaria uma consciência crítica muito maior e mais abrangente do que se tem hoje.

Dificuldades



A proposta do governador de Goiás vai enfrentar uma série de obstáculos para ser implantada. Os oficiais da PM não querem nem ouvir falar em dar oportunidades iguais aos praças. Isso é fruto de uma doutrina retrógrada e fora da realidade de pelo menos um século e que vai de encontro á democracia em construção no Brasil. As desculpas seriam muitas. Dentre elas pode-se destacar a falácia de que a hierarquia e a disciplina rígida dos militares poderiam ser abaladas, levando a instituição à bagunça. Nada disso é verdade, pois basta olharmos para o que se tem hoje em segurança pública, cujos privilégios e benesses caminham apenas para um lado, deixando para os outros dois -praças e povo - as consequências do malfadado policiamento em curso

Outro ponto que pode pôr obastáculos a essa mudança seria a ingerência de uma seita secular secreta. A grande maioria de oficiais das PMs são membros dessa seita e que é composta ainda por juízes, delegados, políticos de todas as esferas e outras pessoas influentes.

Governantes autoritários e que sonegam serviços sociais básicos ao cidadão também são contrários às mudanças nas polícias militares. O povo, organizado, quando sai às ruas para exigir o cumprimento das leis por esses governantes, é rechaçado pelas violentas, autoritárias e excludentes PMs.

Sem contar a pressão que, hoje, sofrem os policiais militares em vários estados, os quais lutam por melhores condições salariais e de trabalho. Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, Alagoas, Pernambuco e alguns outros têm enfrentado as manifestaçoes de praças com punições abusivas e que não encontram amparo na democracia. São transferências sem motivo aparente para unidades distantes de seus domicílios; mudanças constantes na escala de serviço, dificultando a vida do praça nos quesitos serviço/folga/bico; recrudescimento nas prisões de faltas disciplinares tipicamente militares (continência, chapéu na cabeça, bota ou fardamento limpos, barba e cabelo aparados, etc). Todas essas ações têm os governos por trás e os oficiais da PM como executores das cobranças abusivas numa clara tentativa de esvaziar o movimento pacífico dos praças por melhorias. 

Consciência em segurança pública

A proposta do governador goiano precisa de apoio da população. Todo o conjunto da sociedade ganharia e se fortaleceria com essa mudança estrutural. Afinal, um país não se faz sem educação. Essa medida obrigaria os governos estaduais a tratarem a educação de forma consciente e responsável.

A sociedade atual não discute segurança pública preventiva em razão do segredo institucional que as PMs se auto impõem, fazendo dela um ambiente fechado e que não deixa passar a luz entrar, embora seja um serviço público que exija transparência.

 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mídia, por que não exumar o caso Banestado?


Temos visto desde de que Lula assumiu a presidência da República uma série de acusações da mídia e da oposição - tucanos de DEMos - de corrupção e atos ilícitos que teriam sido praticados pelo governo ou seus assessores diretos ou até dos ministros de Estado. A imensa maioria dessas acusações jamais foi provada, mas serviu para se tentar desestabilizar o governo Lula e trazer enormes prejuízos ao país e a seus milhões de brasileiros. A cara de pau foi tão grande dos acusadores que chegaram a criar um movimento para derrubar o presidente Lula em 2005. O Movimento "Cansei" foi idealizado pela elite branca paulista e tinha como membros alguns artistas da televisão, cuja atuação disfaçada era a indignação com o "caos aéreo" daquele tempo. Sem público e sem moral a tentativa de golpe fracassou, mas as acusações infundadas não cessaram. Aliás, continuam até hoje

Com a presidenta Dilma não é diferente. Sem qualquer base sólida a mídia solta boatos e factóides no intuito de criar embaraços ao governo, culminando por embaraçar, sim, a vida calma e crescente do país e de seus habitantes. Será que o crescimento do país incomoda tanto essa gente? Não é possível para essa gente que o Brasil cresça e distribua renda? Essa gente se acha dona do Brasil e das riquezas que o país produz?

A última acusação se refere ao crescimento do patrimônio do agora ministro Antonio Palocci em 20 vezes em quatro anos, cujos dados relativos constam na declaração do minstro. Mas a sanha acusadora da mídia não cessa. Ora, segundo se lê na internet em diversos blogs, o patrimônio da filha do ex-governador paulista José Serra cresceu 50 mil vezes. Ao que parece, a mídia prefere os boatos aos fatos ainda não investigados nem divulgados por essa mesma mídia. Por quê?

50 mil vezes maior

A empresa DECIDIR.COM BRASIL foi criada em 8 de fevereiro de 2000 com capital de R$ 100 (cem reais). No dia 22 do mesmo mês, a empresa mudou o nome para DECIDIR.COM BRASIL SA e a sócia Verônica Allende Serra, filha do ex-governador Serra, assumiu o cargo de diretora e vice-presidente da empresa.

Quarenta e dois (42) dias depois da criação da empresa, ou seja, a 21 de março de 2000, o capital foi aumentado para R$ 5 mihões: 50 mil vezes o valor de início.

Vale ressaltar que, antes da empresa DECIDIR, Verônica Allende Serra era sócia do pai na empresa de consultoria ACP - ANÁLISE DA CONJUNTURA ECONÔMICA E PERSPECTIVA LTDA. Aqui

Serra, mesmo não tendo declarado a empresa, conseguiu concorrer às eleições de 1994, 1996 e 2002. A mídia tupiniquim jamais tocou no assunto sobre a sociedade de pai e filha e do crescimento do patrimônio da filha.

Curiosidade

É nessa época que estoura talvez o maior roubo contra o Brasil. Calcula-se que no caso BANESTADO tenham sido desviados para os paraísos fiscais, via EUA, cerca de US$ 250 bilhões de dólares, de forma ilícita, fruto de desvio de dinheiro público e do crime organizado - tráfico de drogas e armas. Este último seria de US$ 12 bilhões.

Caso BANESTADO

A desviança teria começado em 1996 e tem nos extintos bancos BANESTADO e ARAUCÁRIA os meios por onde escorria o dinheiro. As contas CC-5 serviam para que brasileiros residentes no exterior pudessem ter conta corrente no Brasil, podendo o dinheiro ser movimentado do Brasil para qualquer país do mundo sem indicar a finalidade.

E assim foi na Tríplice Fronteira, em razão do comércio existente no Paraguai, que teria se montado o maior esquema de remessa dinheiro sujo ao exterior, via doleiros e laranjas. Um grande número de políticos ilustres do PSDB e PFL (atual DEM) figuram na lista dos que se beneficiaram do esquema de envio de dinheiro aos paraísos fiscais, conforme pode ser lido aqui.

O procurador Luiz Francisco de Souza chegou a acusar o ex-senador Jorge Bornhausen de ter enviado US$ 5 bilhões através do banco Araucária aos paraísos fiscais. Aqui. Não se sabe se a denúncia procede ou não.

Mídia omissa

Na série de matérias elaboradas pela revista IstoÉ Dinheiro aparece pelo menos o nome de uma jornalista. Fala-se, à boca pequena, que outros profissionais da comunicação estariam também envolvidos nas remessas fraudulentas, além de jogadores de futebol, artistas de televisão, políticos e outras autoridades. Á época falou-se que se o caso Banestado se tornasse público, o Brasil viria abaixo.

Outro ponto que a mídia não diz é que o delegado Castilho, que rastreou as contas no exterior, teria identificado cerca de 52 mil brasileiros ilustres nas remessas ilegais.

Ano passado, um jornal do Paraná chegou a mencionar que a PF teria identificado cerca de R$ 124 bilhões remetidos aos paraísos fiscais, via Banestado e Araucária. Este, pertencia à família do ex-senador Jorge Bornhausen.

Banestado foi morto e sepultado vivo no MPF

Chegou-se a criar uma CPMI no Congresso Nacional para apurar esses desvios, tendo como presidente o deputado federal José Mentor e o ex-senador Antero Paes de Barros como relator. Acusações de lado a lado sobre vazamentos de informações sigilosas enterraram vivo e inconcluso o caso no MPF. Um ou outro contínuo dos bancos teriam sido condenados, mas os cabeças do esquema jamais foram punidos ou até mesmo investigados.

Como punição, o delegado Castilho foi transferido, à época, para uma cidade de Santa Catarina e o procurador Luiz Francisco de Souza sumiu do noticiário midiático.

A história ficou com essa ferida aberta, mas a mídia insiste em dar ouvidos ao PSDB, DEM e aos contrários da elite branca numa tentativa clara de inviabilizar o crescimento do Brasil e o desenvolvimento de seus milhões de brasileiros, cujas oportunidades reais e verdadeiras surgiram a partir do governo Lula e prosseguem com Dilma.

Criações de FHC

O caso Banestado ocorreu durante o período em que FHC era presidente do Brasil. Nos estertores de seu governo, é dele as duas criações tidas como caminhos seguros para a impunidade: o Segredo de Justiça e o Fórum Especial para Políticos - devem ser julgados pelo STF. A alta corte já deu mostras do que é capaz.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Polícia Militar de São Paulo não aceita críticas


A insatisfação de dois oficiais da PM de São Paulo com mensagens eletrônicas captadas no universo da internet e enviadas através de e-mail gerou um convite para que um sargento reformado fosse ouvido a termo no batalhão de São Vicente (última unidade do sargento). Segundo a comunicação disciplinar feita por um dos oficiais e endossada por um major, o sargento denegria a imagem da instituição nos comentários que fazia baseados nas matérias enviadas.

O sargento alega que em nenhum momento procurou macular a imagem da instituição, mas espera, com as críticas que faz, melhorar a Polícia Militar e trazê-la mais próxima ao cidadão e da democracia, fazendo com que a população veja no policial militar um amigo pronto a ajudá-lo no que for preciso. Isso, hoje, é uma utopia. O cidadão trabalhador, principalmente das áreas menos nobres das cidades, não consegue enxergar no PM um aliado. A distância entre povo e Polícia Militar não é nova, mas fruto de um conjunto de fatores que começa bem cedo, no centro de formação de policiais através da doutrina e treinamento anacrônico militarizados.

No quartel, um calhamaço de papéis xerocados com as mensagens enviadas foi-lhe mostrado, bem como a acusação do oficial, via comunicação, de que no entender dele havia uma tentativa de dano à imagem da instituição militar.

Não, tenente. O sargento afirma que as críticas não mancham a imagem da corporação militar. O que depõe contra a instituição é o modelo militarizado extemporâneo enfiado goela abaixo de homens e mulheres que ingressam nas fileiras da Polícia Militar com objetivos de ajudar às pessoas em dificuldades em um mundo tão distinto. Nos cursos de formação, tenente, continua o militar reformado, o jovem conscrito terá de matar todo o aprendizado da vida civil e introjetar os valores tipicamente militares, fazendo-o acreditar que é diferente do vizinho que até ontem era seu semelhante. (*Aguinaldo José da Silva chama essa mudança de caráter de mortificação do self; ver ao final da matéria)

Como despir-se desses valores demanda tempo, a duração do curso de formação de policiais militares serve apenas para o jovem aprender todos os preceitos militares, reconhecendo seus superiores e a eles ser obrigados a demonstrar todos os sinais de respeito, mesmo que a recírpoca na maioria das vezes não seja verdadeira. Vale ressaltar que isso se dá em um ambiente hostil e de pouca comunicação entre os oficiais, comandantes, e os praças, executores das ordens e que vão lidar diretamente, depois de formados, com a população nas ruas.

Assim, todo sentimento de cidadania, democracia, igualdade, direito, garantia serão somente palavras do vocabulário para o jovem policial e não serão aproveitadas ou gazadas durante seu tempo de caserna. Em razão disso, o jovem policial recém formado na academia irá para as ruas tratar o cidadão do mesmo jeito que foi tratado na escola de formação, dentro do quartel e na péssima relação diária entre comandantes e subordinados, sempre dificultada pelos primeiros lastreada nas falaciosas hierarquia e disciplina.

População não confia na PM

Uma pesquisa recente feita por uma revista nacional mostra que 70,7% da população brasileira não confia ou confia pouco na PM. Em relação à atuação da PM, veja a opinião de 2.270 entrevistados:

* 55,4% acreditam que, no geral, a polícia é incompetente
* 63,2% afirmam que ela não respeita os direitos do cidadão
* 66,5% dizem que a policia é desrespeiosa nas abordagens
* 65,3% definem a polícia como preconceituosa

O resultado da pesquisa mostra que não são as críticas que maculam o nome da PM, mas o aprendizado, as péssimas relações internas e o modelo de se formar um policial estão enviezados e fora da realidade democrática, fazendo com o policial das ruas trate o cidadão da mesma forma que é tratado dentro dos quartéis pelos superiores, uma vez que o policial vê o cidadão como um subordinado que lhe deve respeito. Da mesma forma que o oficial não respeita o praça e os seus direitos, o policial não vai respeitar o civil ou os seus direitos nas abordagens nas ruas. Como garantir algo a outrem se não se tem essa garantia?

Policiais querem a desmilitarização das PMs

Em outra recente pesquisa feita pelo Programa das Naçoes Unidas para o Desenvolvimento - PNUD -, mais da metade dos 64.130 policiais querem a desmilitarização das Polícias Militares. Alegam eles que a hierarquia rígida, humilhações e desrespeito são os maiores entraves a integração polícia e povo.

Para 60% dos ouvidos, a vinculação da PM ao Exército é inadequada. O índice salta para 65,6% dos entrevistados quando o assunto se refere a injustiças e desrespeito causados pela hierarquia, ao responderem a questão se sua insituição é injusta e desrespeitosa. Os que mais se incomadam com isso (73,3%) são os de carreira mais baixa (praças).

Em comparação, justamente os que os que mais reclamam das políciais militares são as pessoas mais pobres da população, ou seja, os cidadãos das áreas menos nobres das cidades, cujas consequências chegam inclusive à morte das pessoas. Há ou não há algo errado nesse modelo militarizado?

Uma nota que vale ser ressaltada: 81% dos praças afirmam que há mais rigor nas questões internas e pouco rigos nas questões que afetam a segurança pública, o que corrobora com uma análise feita pelo coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro, Emir Larangeira, "é mais fácil o praça da PM ser punido por não prestar continência ao oficial do que uma agressão a um civil (pobre)".

Conseg

A 1ª Conferencia Nacional de Segurança Pública ocorrida em 2009 tratou sobre vários assuntos e definiu uma série de diretrizes, dentre elas a desmilitarização das PMs, uma das mais votadas. Até hoje, nada foi implementado a esse respeito. É certo que o lobby dos oficiais e até de governantes insensíveis colocam obstáculos a essa transição da polícia militarizada e anacrônica para uma polícia cidadã e moderna. Ninguém mais fala sobre o assunto. Por quê?

Poder paralelo

A presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo - Adpesp -, Marilda Pansonato Pinheiro, é categórica ao dizer que a PM paulista se tornou um poder paralelo no estado. "A legitimidade é tão consolidada que a PM é quem que faz sua própria folha de pagamento. O Poder dado a esta instituição explica até o fato de oficiais escolherem carros de luxo para andar pelas ruas de São Paulo. A instituição, que não tem problema algum de verba, gastou recentemente R$ 2,8 milhões com uma Chevrolet Captiva para o comandante-geral, coronel Álvaro Batista Camilo, e 61 Vectras para atender aos coronéis da corporação. O carro do comandante é mais caro e luxuoso que o usado pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin". Isso tudo em um momento de caos econômico mundial, o que fez a presidenta Dilma Rousseff fizesse cortes no orçamento da ordem de R$ 50 bilhões. Parece que São Paulo está fora e não sofre os efeitos dessa realidade.

E vai mais longe, quando se refere ao controle que deveria haver sobre a instituição militar. "A Corregedoria da PM é só um nome fantasia, segundo o próprio Secretário de Segurança, Antônio Ferreira Pinto. Eles investigam as irregularidades, mas não fazem a correição de seus coronéis". Diferente postura tem a Corregedoria contra os praças, cujo rigor chega a fazê-la cometer injustiças muitas vezes insanáveis.

Polícia cidadã

Desse modo, continua o sargento reformado, não são as críticas construtivas que denigrem a imagem da corporação militar, mas os atos, gestos, atitudes e demonstração de força desproporcional e violenta em muitas ações contra a população que mancham a imagem da Polícia Militar perante grande parte da sociedade.

Espera-se que mais pessoas encampem essa tentativa de mudança na PM, cujos frutos democráticos poderão ser colhidos em um curto espaço de tempo. A polícia militarizada não pode continuar a ser vista como inimiga do cidadão brasileiro em um país democrático. Mas, para isso, terá de romper com a estrutura original criada em 1831 (SP) e trazida para o século XXI completamente transformada e adequada aos novos ares democráticos.

As críticas continuarão a ser expostas e enviadas até que as mudanças necessárias aconteçam.

* O mestrando Aguinaldo José da Silva fez uma tese aprofundada em 2002 sobre as políciais militares, tendo como base a PM de Goiás, intitulado "Socialização e Violência Policial Militar" e que explica bem a relação interna e externa das polícias militares brasileiras. Vale a pena ser lida.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Manifestação de policiais por melhores salários: falta chamar o povo para se unir nas reivindicações


As dificuldades dos militares são as mesmas dos cidadãos civis

A mídia hegemônica tem, de forma tímida, veiculado notíciais sobre as manifestação de policiais militares e bombeiros militares por melhores salários e condições de trabalho pelo Brasil. Até a elitista Rede Globo divulgou. Mas falta um compenente essencial em todas essas manifestações: chamar o cidadão trabalhador e que enfrenta as mesmas dificuldades salariais e de trabalho.

Não interessa a ninguém que está no poder, que lida com o dinheiro público, pagar bem um policial ou mesmo um trabalhador de uma profissão humilde, mas tão importante quanto qualquer outra. Nem à mídia tradicional, que mais é porta voz dos pensamentos dos poderosos a veículos de informação preocupados com o bem estar de todos.

No Rio de Janeiro, PMs e Bombeiros têm se manifestado todas as semanas e em vários locais pelas mesmas exigências. De novo, falta-lhes pedir o comparecimento do cidadão. Assim tem sido em Alagoas, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, etc., exceto São Paulo. Esse é um caso à parte e será tratado mais abaixo.

Minas Gerais

Na tarde de ontem (11), tal qual aconteceu no mês passado, milhares de policiais foram às ruas de BH, em forma de manifestação, pressionar o governo tucano Anastasia a dar um piso salarial de R$ 4 mil ao mês. Isso não interessa nem a governos nem ao cidadão que vai pagar. Por quê? Os salários miseráveis dos profissionais de segurança pública (do baixo escalão) são históricos. Da mesma forma que a violência policial contra o cidadão atravessa quase dois séculos. Alguém estaria preocupado com uma vida digna aos policiais? A mesma pergunta serve ao policial quando vai reprimir os manifestantes do povo que vão às ruas exigir direitos e garantias.


Se os policiais ganham mal, os trabalhadores civis também
Quem lucra com isso são os governos e as almas sebosas que cumprem suas ordens, pois o cofre permanece abarrotado de dinheiro público e pronto para ser usado por todos eles, de forma lícita ou não.

Essa equação salarial só vai fechar a partir do momento que o policial do baixo escalão se unir ao povo e perceber que está sendo usado pelos poderosos em benefício de poucos. Do jeito que está, mantêm-se as desigualdades sócios, econômicas e culturais de milhões de brasileiros, gerando dificuldades enormes no desenvolvimento e crescimento dessa massa de vidas, incluídas as dos próprios policiais militares.

Essa aproximação com o cidadão deve partir de cada policial militar. É hora de esquecer bobagens históricas, mas que persistem no tempo, de que paisano bom é paisano morto. Ou ter sempre em mente que o policial militar também é povo, povão, trabalhador simples e humilde, massa excluída.

Na família e o no círculo de amigos dos policiais estão também os chamados "paisanos". São gente como a gente e que querem também espaço para ter uma vida digna e que lhe garanta a extensão desses benefícios aos seus filhos, parentes, etc.

Sem esse condicionante de nada valerá ir às ruas pressionar este ou aquele governo. Sem o povo ao seu lado os policiais serão coagidos - através do regulamento arcaico, desumano e cruel - pelos comandantes da PM, que pertencem ao seleto pequeno grupo que se beneficia do que produz o trabalhador.

Por isso, policiais, está na hora de ingressar no século XXI, jogando no lixo as doutrinas excludentes. Nas próximas manifestações, chamem o cidadão, levem o amigo, expliquem às pessoas o porquê da PM ser violenta e arbitrária contra o povão. Digam a eles que faz parte de um modelo secular de exclusão e que deve ser rompido por todos, policiais e povo. Deixem os poderosos rasgarem as calcinhas, como se diz na gíria. O mundo comporta a todos em iguais condições. Cada um deve receber por aquilo que produz ou faz. Não deixem que o cidadão seja excluído em um Brasil que cresce e se desenvolve, mas que ainda retém para poucos auto privilegiados a riqueza produzida. Não seja massa de manobra desse grupo, pois só temos a ganhar. Caso contrário, não se chegará a um denominador comum a todos.

Pensem nisso.

São Paulo

Aqui é que a coisa pega. Um estado conservador que, mesmo sofrendo, elege o PSDB e seus asseclas há quase 20 anos para os cargos de governo (os tucanos governam desde 95 e vão até 2014). Por estes serem contrários às mudanças desde a raiz, o povo acostumou-se com as dificuldades impostas por quem detém o poder. Sem reclamar. Abriga um grande número de meios de informação(?) conservadores que escondem ou supervalorizam, dependendo do interesse, fatos e notícias, privilegiando o que vem dos poderosos, pois pertencem ao mesmo clã.


Manifestação de trabalhador? A PM reprime com violência
Desse modo, seria impossível pensar em uma reação dos policiais militares a esse clã. Os PMs são maltratados e humilhados dentro dos quartéis, mas transferem toda essa gama de irritação adquirida nos maus tatos internos ao cidadão simples e humilde. Sempre foi assim. Mas espero que, pelo bem de todos, tenha um basta...
As últimas manifestações de servidores públicos foram marcadas pela violência extremada da PM. A mídia omitiu tudo. No máximo, joga a responsabilidade pelo confronto com os policiais nos manifestantes. Quem, em sã consciência, iria para cima de PMs armados com pistolas, escopeta, gás pimenta, tonfas, escudo balístico, etc.? Mas a mídia diz que os trabalhadores é que se insurgem contra os policiais. Falsidade da grossa.

Em 2008, houve o confronto entre policiais civis (em greve) e a tropa da PM, resultando inúmeros feridos. O comando da PM adorou as consequências: os policiais desuniram-se ainda mais. As investigações provaram que o confronto foi originado pela PM, claro. A mídia não divulgou porque não interessa a união e a organização dos trabalhadores. Tudo que puder ser feito para evitar essa ligação a mídia hegemônica vai fazer. O mesmo procedimento midiático acontece em relação aos servidores públicos. Sempre, na mídia, os trabalhadores civis irão para cima dos militares do estado - leões de chácara dos poderosos -, excusando a violência policial consequente.

Como por aqui no estado conservador as entidades de classe dos policiais militares inexistem, embora cobrem mensalidade de seus desinformados associados, não veremos essa mobilização tão cedo. A não ser que algo extraordinário ganhe forma. O PM paulista é medroso, conformado e passivo. Só é valentão contra o cidadão, pois sabe que nenhuma cobrança virá. Mata-se no perigoso serviço extra (bico). Estressa-se. Irrita-se. Desconta no povo simples, pobre, negro e das periferias.

Essas ações contra o cidadão pobre acirram ânimos e geram vinganças. Em 2006, em dois dias, mais de 50 policiais e agentes de segurança foram assassinados no estado. Poucos casos foram esclarecidos. Na outra ponta, centenas de mortes de civis sem esclarecimentos.

E assim segue a vida no estado paulista. Incrível, o cidadão (incluído o PM de baixo escalão) não percebe como é usado por poucos privilegiados. Até carro de luxo para deslocamento e outros benefícios o comando da PM consegue com o aval do governo e o silêncio midiático. Está claro o motivo.

Policial militar de baixo escalão, saia da caverna e venha ver a luz que existe foram dela. Tire a venda dos olhos e os tampões dos ouvidos. Você é povo simples, humilde e trabalhador. Você tem valor. Você é o ídolo de sua família. O serviço policial de qualidade é um ofício nobre. Faça com que o cidadão também o veja desse modo. Não deixe que esse grupo poderoso o faça de boneco mambembe, um teleguiado que não pensa. Venha ver a luz.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Os papagaios sem entendem

Foi de causar espanto e náuseas ver o presidente Barak Obama prestar homenagem aos mortos nas Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, vítimas, segundo o império, de ataques terroristas por líderes da Al-Qaeda. Mas asco ainda provocou o espaço sensacionalista dado pela mídia tupi. Até aonde pode chegar a desfaçatez midiática e da grande (decadente?) potência imperialista...

Outra história

Uma figura de destaque no cenário mundial colocou água na fervura dos americanos e seus sectários. O ex-presidente da Itália, Francesco Cossiga, em uma entrevista que passou ao largo na mídia mundial e tupi, embora reproduzida pelo jornal italiano Corriere della Serra, afirmou que "Osama bin Laden ‘confessou’ que a Al-Qaeda teria sido a autora dos atentados de 11 de setembro às torres em Nova Iorque, enquanto todos os círculos democráticos da América e da Europa sabem bem agora que o desastroso atentado foi planejado e realizado pela CIA e pela Mossad [serviço secreto israelense] para acusarem os países árabes e para induzir as potências ocidentais a intervir no Iraque e no Afeganistão”. Verdade ou não, os países aliados (potências mundiais), ao arrepio do Conselho de Segurança da ONU, invadiram os dois países.

Nenhum outro veículo da grande imprensa mundial deu atenção à estrondoso e explicativa entrevista de 2008, preferindo reproduzir, como papagaios, o que conta ou determina o império americano.

Outro personagem importante que levanta hipóteses de que o presidente americano à época, George W. Bush, estaria por trás desses ataques criminosos é o cineasta amerciano Michel Moore. Ele aponta fatos incontestáveis do envovimento da família Bush com a famílai Bin Laden.

Outras pessoas de destaque nos EUA também citam o envolvimento do então presidente Bush nos ataques. Um deles, o escritor gore Vidal, vai no mesmo caminho dos outros. "Somos governados por uma junta de homens do petróleo. A maior parte deles é do ramo – ambos os Bushes, Cheney, Rumsfeld e assim por diante. Eles estão no poder e este grande golpe irá beneficiá-los pessoalmente e também vai beneficiar os EUA, que terão acesso ao imenso manancial de óleo da região”. Os mencionados fizeram parte da cúpula governamental no belicoso governo Bush (filho).

Todas essas autoridades citadas e suas aptidões para os "negócios", e outras, podem ser vistas aqui

Já no Brasil, o ex-deputado (falecido) Clodovil Hernandes também afirmou que os americanos forjaram os ataques de 11 de setembro. Segundo ele, não havia um só americano ou judeu nas torres durante o ataque. "Evidente que foi armado pelos próprios americanos, não seja idiota, é como o holocausto, você acha que não tinha nenhum judeu manipulando isso por debaixo do pano?",

Isso pode reforçar as acusações feitas por várias pessoas contra os norte americanos, aventando que a visão oficial do desastre em Nova Iórque nada mais é do que uma sugestiva história para os produtores dos filmes de ficção de Hollywood.

Outras acusações vêm no rastro. Há quem diga que as Torres Gêmas não desabaram em razão dos choque dos aviões, mas teriam sido explodidas.



Obama em baixa

Da mesma forma que antes dos ataques de 11 de setembro de 2001, quando a popularidade de George Busho estava em baixa, Obama também estava atá a mirabolante e mentirosa morte de Osama Bin Laden recentemente. Naduas ocasiões - os ataques e a morte do terrorista - fizeram o prestígio dos dois presidentes subir, deixando no ar a mensagem de que esses dois fatos tiveram apenas um único e principal objetivo elevar a popularidade de Bush e Obama.

Se em 2001 o cenário criminoso permitiu que os EUA e outras nações ricas invadissem Iraque e Afeganistão, a "morte"de Osama pode significar a invasão do Irã, por exemplo. A dica foi dada pelo próprio Obama ao dizer ao mundo que tomasse cuidado com possíveis retaliações dos seguidores da Al-Qaeda. Daí para se perpretar um ato terrorista em qualquer nação e apontar a Al-Qaeda como autora não é nada impossível. Se os EUA, segundo a opinião de várias pessoas, foram capazes de atentar contra o próprio povo americano e um dos ícones da pujança econômica, o que mais poderiam fazer?

Relação Chile x 11 de setembro

Pablo é um auto exilado chileno na Inglaterra. Ele teve deixar o país que nasceu após o golpe de Estado protagonizado por EUA e o militar chileno Augusto Pinochet, que se tornaria presidente logo depois. Ele faz uma relação aos primieor aniversário dos ataques às Torres Gêmeas e a morte de milhares de chilenos no 11 de setembro de 1973.

Pablo pede que os americanos lembrem-se dos mortos no golpe de Estado no Chile, e não somente dos mortos no suposto ataque terrorista de 11 de setembro de 2001.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Policial: sem o povo não haverá mudanças nos salários ou nas condições de trabalho

Bem que nós tentamos sair da letargia e levar os policiais militares da Baixada Santista, bem como seus familiares ou simpatizantes da causa, às ruas para exigir respeito dos governantes do estado e da própria instituição Polícia Militar para com os PMs que trabalham nas ruas e até com próprio o cidadão simples. Não conseguimos.

Criamos um jornal impresso mensal - Jornal Percurso -, cujo custo para a impressão era rateado entre os próprios policiais militares de São Vicente e um ou outro de outras unidades - R$ 10 ou R$ 5 por mês. Nunca atingimos a quantia precisa, sempre faltava boa parte da verba necessária. Essa diferença era coberta por nós, com dinheiro próprio. Endividamo-nos muito. O jornal acabou no final de 2010.







Cheganos a ir para a Praça Coronel Lopes (do Correio), com as devidas notificações às autoridades locais, denunciar a violência policial e contra policial. Conseguimos um aparelho de som, microfone, confeccionamos faixas, cartazes, etc. Tudo ao nosso custo. Denunciamos que a violência policial tem origem dentro da própria instituição Polícia Militar no trato entre oficiais e praças, fruto de sistema arcaico, desumano e cruel que não foi vencido pela democratização do país, o MILITARISMO.


Convidamos, pessoalmente e até através das páginas do jornal, vários colegas reformados (aposentados), parentes de policiais, familiares, gente do povo, etc. Sem êxito. Um ou outro policial militar reformado apareceu, mas nunca passou de dois.

Fizemos essa manifestação por um mês (sempre as quartas-feiras, às 15 horas). Tivemos de abortá-la devido á fraca participação dos convidados, o que causou um tremendo desânimo, visto ter passado a sensação de que para os policiais e cidadãos estava tudo caminhando muito bem.

Mas não era bem assim. Bastava ir a qualquer quartel da PM ou mesmo encontrar os policiais nas ruas para ouvir reclamação. Abuso de autoridade por parte dos oficiais dentro dos quartéis, humilhações, arrogância, prepotência, desrespeito, ironia, sarcasmo, insensibilidade com as dificuldades de toda ordem, escalas extras em demasia, punições disciplinares por bobagens militaristas, falta de reajuste salarial e uma legislação que verse sobre condições de trabalho, etc. Não dava para a acreditar que ouvia tudo aquilo que nós denunciávamos no jornal e na praça.

As mesmas reclamações se ouvia dos cidadãos no tocante à violência policial ou mesmo a falta de respeito dos milicianos no momento das abordagens, sempre pessoas humildes e moradores das periferias. Mas de nada adiantava convidá-los a comparecer na praça.

Pelos estados

Algo semelhante na busca por melhores salários e condições de trabalho, em manifestações e passeatas, tem acontecido em vários estados da federação. Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina, Tocantins, Roraima, etc. Em todos eles falta o principal ingrediente: o cidadão. Sem esse cidadão nada mudará e nada se conseguirá. Por que o cidadão ira se preocupar com uma categoria que lhe maltrata nas ruas? Por que o cidadão vai participar de manifestações e passeatas por reajustes salariais ou melhores condiçoes de trabalho se o policial militar o humilha, maltrata e até desdenha nas ruas?





Militarismo nas polícias estaduais

Não é possível que uma força policial, que atue por dever de ofício no trato com civis, seja militarizada. No militarismo não existe respeito, mas a imposição deste do subordinado para com o superior. A recíproca não virá. O subordinado militar será sempre visto com um ignorante, um suspeito em potencial pronto a praticar algum delito ou deslize. O que faz o policial militar? Vai às ruas e trata o cidadão simples e humilde da mesma forma que é tratado: como um subordinado, um inferior, devendo este mesmo cidadão prestar respeito ao policial (superior). Diferente do cidadão investido de poder ou influência. Nesse casso o policial o verá como um supeior e lhe renderá obediência. O anacrõnico chavão de que paisano bom é paisano morto, nesse caso, não é aceito.

No filme "Tropa de Elite 2" há referência a uma situação que explica bem esse conceito. "Pode atirar que aí só tem pobre (periferias e favelas). Ninguém vai falar nada". Se não são estas as exatas palavras, não foge muito disto.

Desde a década de 60 que se tenta desmilitarizar as polícias militares. Jânio Quadros tentou, quando era presidente. Quando governador, Mário Covas tentou. A Constituição Federal, que poderia conter em suas páginas a entrada das polícias militares no regime democrático que nascia, não conseguiu.

Há um lobby daqueles que querem manter as polícias militares do jeito que estão, ou seja, violenta, arbitrária, omissa em certos casos e que trate o cidadão simples com um "ninguém". Faz parte da política de desigualdade e descaso que se mantém no Brasil ainda, infelizmente. O lobby dos oficiais também é forte e conta com o apoio de uma seita secular secreta, causando muitos obstáculos à adequação das PMs à democracia. Ninguém mexe com o modelo arcaico da PM. Por quê? Resposta fácil.

PEC 300

Tramitou na Cãmara Federal em 2010 uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC 300) de isonomia salarial para todas as polícias brasileiras (civil e militar). Depois da aprovação em primeiro turno (seriam necessários dois turnos), a proposta foi bombardeada por todos os lados até ser descaracterizada na sua originalidade. Se antes previa-se um salário mínimo para todas, na Emenda Aglutinativa 2, em que se transformou a PEC 300, esse valor desapareceu, bem como o tempo de aplicação da lei em caso de aprovação.


De nada adiantaram as manifestações e comparecimentos a Brasília de uma legião de policiais civis e militares com o intuito de pressionar os parlamentares. A mídia não deu espaço nem mostrou imagens dos cerca de 10 mil policiais-manifestantes na capital federal em várias ocasiões. Os governadores, principalmente do PSDB, DEM e PPS, pressionaram os deputados para que não fosse aprovada a medida. O então governador de São Paulo, o tucano José Serra, ameaçou cortar das entidades de classe a mensalidade que os policiais pagam, caso estas se envolvessem em qualquer ato pela aprovação da PEC 300. E elas se calaram e preferiram a vergonhosa omissão.

Falta o povo

Não haverá aumento salarial nenhum nem melhores condições de trabalho aos profissionais da segurança pública se não envolver o povo nessas solicitações. As policias precisam se integrar á sociedade trabalhadora e humilde para conseguir seu intento. Sem essa participação popular nas reivindicações, contrariando tudo que querem governos insensíveis e oficiais da PM, não se chegará a canto nenhum. Os policiais continuarão ganhando pouco, serão obrigados a se desgastar nos perigosos "bicos" de segurança privada e continuarão descontando toda essa frustração sobre o cidadão mais humilde, cujos riscos de prisão no presídio militar Romão Gomes e a demissão das fileiras da corporação são os únicos caminhos possíveis e que faltamente serao atingidos.


O policial, contrariando o que querem comandos e governos omissos, tem de saber que também é cidadão e faz parte da sociedade de um país injusto e desigual, cujas ações policiais da quais participam, quase todas de repressão às manifestações populares de reivindicação aos direitos sonegados, ajudam a perpetuar essas desigualdades e injustiças e das quais também são eles, policiais, atingidos e prejudicados.

Se a grande mídia é omissa e serve de voz aos governos e comandantes de unidade, hoje, podemos utilizar a internet. Blogs e redes sociais têm um trabalho de conscientização e desmascaramento daquilo que é enfiado goela abaixo da população pela mídia convencional e que, óbvio, interessa a esse pequeno grupo insensível.

Enfim, assistindo a todas essas manifestações de policiais militares pelo Brasil, fico com a sensação de que algo está mudando, embora não em todos os estados - falta São Paulo -, mas de forma tímida. E essa timidez é facilmente percebida: falta a participação do povo. Sem ele nada vai ser melhorado, nada vai mudar.

O policial é um cidadão que vive no mesmo bairro, na mesma cidade, no mesmo estado e no mesmo país de 190 milhões de brasileiros. Ele não é um alienígena que desce à Terra para trabalhar e vai embora para o seu planeta. Ele sofre as mesmas agruras que um pai de família - que é - no tocante às responsabilidades sociais, econômicas e culturais de seus filhos.

Não se vê as autoridades ou oficiais da PM morando em favelas, cortiços ou periferias fedorentas. Eles não andam no precário transporte coletivo das cidades; não tem suas casas invadidas pelas águas de alagamentos e enchentes; não tem esgoto a céu aberto nas suas portas. Não entram nas filas dos hospitais, dos bancos ou dos supermecados. Não têm filhos nas precaríssimas escolas públicas. E quem paga tudo isso a eles? Sim, nós mesmos, policiais (praças) e cidadãos.

Internet, blogs e redes sociais

A internet permitiu que a revolução árabe no oriente ganhasse força e se organizasse. Mesmo tendo à mão as emissoras de rádio e tv e jornalões impressos e revistões os governos não conseguiram evitar que os povos desses países se mobilizassem através da rede mundial de computadores. Orkut, Facebook, Twitter, entre outros, foram utilizados pelo povo para enfrentar os ditadores ou omissos governantes, rompendo as notíciais mentirosas e que pregavam a desmobilização dos movimentos pela grande mídia. Essa mesma mídia que, no Brasil, serve de desestímulo à luta das classes sociais e movimentos populares por direitos e garantias que lhes são negadas, pois representam e divulgam apenas o que interessa aos governos omissos e incompetentes.

Tanto é verdade que alguns países, dentre eles o Brasil através de parlamentares do PSDB, DEM, PPS e outros da mesma direita, querem controlar o tráfego de informações na rede. As emissoras de tv e a grande mídia em geral, em conluio com essa politicalha, agora, fala que o grupo terrorista Al Qaeda estaria recrutando membros via internet. E não ficam nem vermelhos de tanta mentira que divulgam.

Claro que a internet rompeu com o círculo noticioso da grande mídia e a fez cair no ridículo. Fatos veiculados com verdades absolutas antes da internet - na tv, rádio, jornal ou revista do conglomerado midiático - são desmascarados em poucas horas nos blogs ou redes sociais. isso não interessa a quem está no poder e é omisso, incompentente ou insensível.

Ao policial civil e militar

Policiais, saíam do lugar comum. Organizem-se, unam-se ao povo nas suas reivindicações. Nas futuras reuniões, manifestações ou passeatas chamem o cidadão. Se cada policial levar um amigo a esses encontros, seremos milhares. Estaremos unidos e coesos na busca de melhorias para todos, seja na forma de salários e condições de trabalho, seja no atendimento de qualidade à sociedade e mesmo no entendimento das reivindicações por parte dos cidadãos na busca por seus direitos e garantias sonegadas na forma de manifestações e passeatas. Vamos deixar de reprimir com violência esses nossos irmãos e amigos brasileiros: eles lutam por melhorias iguais a vocês


É preciso haver a integração/interação da polícia com o povo

Policiais de São Paulo, saíam da inércia. Deixem as rusgas históricas de lado. Isso só interessa aos governos tucanos e omissos e aos oficiais da PM. Eles somam 5% no conjunto. Unam-se entre si e liguem-se ao cidadão. Afinal, será ele, em grande parte, quem pagará o reajuste salarial a ser conquistado. Por outro lado, você também entenderá por que ele, cidadão organizado, movimento social ou entidade de classe, vai às ruas exigir que seus direitos também sejam respeitados.

O Brasil só tem a ganhar com isso.

Abram a mente e desarmem o coração.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Para acabar com as crises, Doutrina do Choque

O capitalismo selvagem em vigência no mundo tem levado as nações à crises e sobressaltos, principalmente os países em desenvolvimento. A último ocorreu em 2008 e não tem data para acabar. As crises são geradas pelas próprias nações desenvolvidas, cuja economia se encontra em mãos de poucos donos, o que leva à sanha arrecadatória e à insistente busca por lucros e mais lucros sem nenhuma preocupação com o ser humano ou ao meio ambiente em que se vive. As consequências virão em forma de choques econômicos, diplomáticos, geopolíticos ou mesmo físicos

O filme-documentário da pesquisadora e ativista política, Naomi Klein, "A Doutrina do Choque",  aqui mostra como o capitalismo de desastre foi planejado por pequenos grupos - ou quadrilhas - de megaempresários que intervieram na economia mundial, trazendo falta de oportunidades de futuro para bilhões de pessoas, além de miséria, fome, violência e morte em vários países.

O filme é baseado no livro-denúncia "A Doutrina do Choque - A Ascensão do Capitalismo de Desastre", da mesma autora, cuja base é mostrar ao mundo como esses grupos dominaram a economia dos países e presidentes de nações apenas na conversa. Para aqueles que não aceitaram o diálogo do novo choque econômico traçado, restou somente a guerra e suas bombas covardes.

Tudo começa com a crise de 1929, queda de Wall Street e o início da Grande Recessão. O professor de economia da Universidade de Chicago, Milton Friedman, é o autor do capitalismo desregulado que vemos hoje em várias nações do mundo, cujas consequências são desastrosas para bilhões de pessoas em todo o globo.

As ideias de Friedman se opunham ao "New Deal" do ex-presidente americano Franklin Roosevelt. Enquanto Roosevelt, influenciado pelo economista John Maynard Keynes, propunha investimentos públicos, centrado principalmente no trabalho para a todas as pessoas, aumentando-lhe a confiança e a esperança para vencer a crise, além da regulação pelo Estado da Economia, Friedman vinha na mão oposta, ou seja, contra o New Deal.

Ele contou com o auxílio do economista austríaco Friedrich von Hayek. Para eles, se o Estado deixasse de prestar serviço às pessoas e não interviesse na regulção da Economia, o próprio mercado se autorregularia. É essa política econômica, vista na época como patérica, que vigora até hoje, destruindo sonhos, esperanças e perspectiva de uma vida melhor aos povos em todo o mundo. É daí que sairão so "Chicago Boys", economistas da doutrina neoliberal.

O primeiro país onde será implantada (testada) a teoria do "deus mercado" vai ser o Chile, nos idos de 50/60. Mas lá, o presidente que seria eleito pelo povo chileno era Salvador Allende, cujo política de governo era lastreada no desenvolvimento progressivo e servia de exemplo à região. Investimento em Saúde, Educação, Indústria, etc. eram a tônica do governo Allende. O mesmo ocorria no Brasil com as ideias do presidente empossado, em meio a muita confusão, de João Goulart, após renúncia do presidente Jânio Quadros. Isso contariava a política de Friedman e Hayek, das empresas americanas e seus investidores.

Garras Ianques

O Departamento de Estado do EUA começa a oferecer bolsas a estudantes do Chile e demais países da região para que os estudantes pudessem aprender economia de mercado livre com Friedman. Talvez, o maior seguidor brasileiro da economia Friedman/Hayek tenha sido Fernando Henrique Cardoso, o traidor do povo brasileiro.

Esses estudantes retornaram ao Chile e a seus países de origem. A Universidade de Chicago fez intercâmbio com a Universidade Católica do Chile, transformando-se numa pequena Universidade de Chicago na América do Sul; os alunos receberam suas teses de doutorado.

A plataforma de governo de Salvador Allende previa a nacionalização de empresas. Ou seja, o Estado passaria a gerir as empresas, que estavam nas garras de estrangeiros, com destaque para a telefonia. A norte americana ITT era dona de grande parte da telefonia do Chile. Os americanos procuraram as forças armadas chilenas. A ITT não via com bons olhos a eleição, em 1970, de Allende, fazendo de tudo para não deixar que tomasse posse, incluindo a participação do então presidente americano Richard Nixon. A mesma coisa ocorreria no Brasil em 1964, para que João Goulart não tomasse posse, implantando-se inclusive o sistema parlamentarista, cuja força do presidente é esvaziada. Apesar de tudo, Allende é empossado presidente do Chile.

O golpe

Nixon manda a Cia implantar a nova economia de Friedman no Chile. Para isso, os americanos vão se utilizar dos recém formados Chicago Boys chilenos. Estes vão fazer de tudo para desestabilizar o Chile. Caminhoneiros foram à greve, trazendo graves prejuízos à indústria e ao comércio.

Nesse cenário nefasto no Chile uma figura cruel e desumana vai surgir: o general Pinochet. É ele quem vai trair o povo chileno e entregar o país de mãos beijadas e abençoadas aos americanos. Qualquer semelhança com o Brasil de FHC não é mera coincidência, mas um fato histórico. Claro que houve o bombardeio da palácio presidencial e a consequente morte de Alende. O país - e a região - se abria á experiência econômica neoliberal de Friedman e Hayek.

No Brasil

O Golpe de Estado no Brasil em 1964 não foi sentido pela população porque esta não enfrentou os militares, preferindo manter-se alienada e desinformada pela mídia tupiniquim que, naquele tempo, iniciava o trabalho sujo de ser contra o país e o povo brasileiro, perdurando até hoje. O conversê medonho midiático de implantação do comunismo no Brasil - comedores de criancinha - massageou o ego e preparou o lombo dos brasileiros para as agressões militares que viriam depois. Vale ressaltar que a grande mídia aprovou e trabalhou pelo golpe de Estado no Brasil, fornecendo inclusive apoio logísitico aos militares. Tudo isso financiado e articulado pelos EUA. Alguns anos mais tarde, o Brasil será entregue aos estrangeiros pelas mãos de Fernando Henrique Cardoso e seus asseclas, cujas privatizações (venda) de empresas estratégicas, e a preço de banana, prejudicaram e prejudicam o crescimento rápido do país e o desenvolvimento de seu povo

Os golpes foram se sucedendo em vários países da região. Em alguns de forma mais violenta em razão do enfrentamento da população, em outros, de forma mais fácil. O Brasil, que vivia numa democracia até 1964, vai passar a um regime duro de violência, torturas e mortes àqueles que, no decorrer dos anos, vão se opor à criminosa tomada do poder na marra.

As crises

Klein conclui que toda vez que se quer alterar os rumos do mundo recorre-se às crises. Elas são instaladas de forma sorrateira pelas potências mundiais, ou pelas mãos daqueles nas quais esses países estão dominados. O remédio, amargo às populações, será fornecido por essas mesmas potências (ou mesmas pessoas), cuja compaixão, amor fraternal, respeito pela vida do próximo, etc. passam ao largo, preferindo a incrível ganância dos lucros.

No modelo Neoliberal, o estado se afasta dos serviços sociais e da esfera estratégica de riquezas naturais. Tudo é vendido ou doado à iniciativa privada. Foi assim com as empresas estratégicas de telefonia, energia elétrica e extrativismo (Vale do Rio Doce). Tentou-se privartizar a Petrobrás, conseguindo-se em parte.

Quem não se lembra dos vazamentos - criminosamente provocados - de combustível da Petrobrás em vários estados na década de 90? Isso faz parte da estratégia Neoliberal, qual seja, inviabilizar as empresas nacionais, passando a sensação à população de que as empresas estão sucateadas e causando prejuízo ao país, para vendê-las ao grupo de "donos do mundo" (Tenta-se o mesmo, agora, com os Correios). A grande mídia faz o serviço de (des)informar a sociedade, recebendo muito dinheiro dos governos e dos futuros donos das empresas, restransmitindo somente aquilo que interesse a esse grupo e aos governos traidores. Essa doutrina entreguista e traiçoeira é facilmente percebida no PSDB, DEM e PPS, cujos governos vendem tudo que é público. Um exemplo é São Paulo. Vendeu quase tudo, restando apenas o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. E é asim em todos os estados ou cidades em que administram, causando prejuízos enormes à população, aumentando a violência e a exclusão social, uma vez que o dono do serviço privatizado se preocupa com o lucro, jamais com a pessoa que receberá o serviço, seja ele educação, saúde, transporte, moradia, etc.

Se no passado os governantes eram "comprados" pela doutrina Neoliberal ou mesmo bombardados ao se negarem à venda, hoje, nada mudou. Os EUA (e seus cãezinhos amestrados países ricos da Europa e Israel) continuam intervindo nas eleições nos países, fazendo de tudo para os seus preferidos e alinhados sejam eleitos. Continuam a bombardear nação com muita riqueza natural (petróleo, gás, metais nobres, etc) usando acusações infundadas de armas de destruição em massa ou de abrigar grupos terroristas (caso Iraque e Afeganistão: Irã? Coreia do Norte?).

Já no modelo marxista, comunista (que nunca foi implantado em canto nenhum do mundo), socialista, etc. acontece o contrário. O Estado administra os serviços sociais básicos - abrindo oportunidades iguais a todos -, as áreas estratégicas e regula a economia, intervindo quando necessário. Não deixa que o Banco Central seja independente. Se no modelo Neoliberal o Estado é fragilizado e serve apenas de enfeite governamental, neste, o país é robusto e tem força para enfrentar os grandes grupos empresariais e seus sequazes, cujo Judiciário será a balança de equilíbrio e vai prezar pelo cumprimento das leis.

Na escola de Friedman e Hayek privatiza-se tudo, exceto as Forças Armadas (polícias militares) e o Judiciário. O governante de uma nação é automaticamente o chefe da forças militares. No Judiciário, ocupa-se espaço (cargos). Isso acontece atualmente no STF e no STJ, cujos ministros ocupantes dos cargos (escolhidos pelos governos) praticam tudo menos Justiça.

Internet e as crises

Graças á internet, as populações têm percebido com mais facilidade o jogo sujo das nações ricas e a tentativa de desinformação pela mídia mundial. Governos progresistas têm sido eleitos em vários países do mundo, principalmente na América do Sul. Isso tem irritado as potências mundiais que estavam acostumadas a usarem a região como um quintal próprio, dele servindo-se a bel prazer e com a conivência de governantes traidores.

No Brasil, a mídia tentou de todas as formas defenestrar o presidente Lula do poder e inviabilizar a eleição de sua substituta, Dilma Rousseff. A intenção dos papagaios de pirata da imprensa (e das potências mundiais) era eleger os subservientes, alinhados e traidores José Serra ou Geraldo Alckmin nas últimas três eleições presidenciais. Mas a internet não permitiu que a mentes e corações brasileiros fossem turvados pelas falsidades, invenções e  rede de boataria da grande mídia (jornalões, revistões, rádio do conglomerado midiático e TVs). Aliás, quase todos os países não se renderam ao canto fácil e mentiroso da mídia autóctone, exceto Colômbia e Chile. No restante dos países, os governos não permitem que as nações ricas deem palpite na forma de governar essas nações.

Por isso que há uma corrente muito forte para se controlar a internet, pois a voz traidora da mídia e seus prepostos não é mais ouvida ou acreditada. Mas nem asim eles se dão por vencidos. Vez ou outra tentam criar crises através de boatos e falsidades, cujo intuito é levar o povo às ruas para tirar do poder que não lhes agrada. Isso foi tentado em 2005 durante a crise do mensalão petista (nunca provado).

Por outro lado, a mídia esconde, omite, tergiversa, subdimensiona notíciais que possam manchar os seus queridos do PSDB, DEM e PPS. Nesse ponto entra a internet. Os blogs e as redes sociais (facebook, twitter, orkut, etc) não permitem que falsidades sejam vistas como verdades incontestáveis ou que fatos reais sejam escondidos/omitidos da opinião pública. O senador tucano Azeredo é autor de projeto que pretende limitar e controlar a internet, conhecido como AI-5 Digital.

Assista ao filme

O documentário é esclarecedor e nos passa a sensação de impotência, mostrando a que ponto chegam as potências - nas mãos de poucos - para saciar os seus lucros. Mais de um milhão de pessoas - homens, mulheres e crainças - foram mortas em vários países pela simples ganância de um grupo que tomou conta do mundo, fazendo com que não se vislumbre muita luz no fim do túnel, exceto se houver interferência do Deus (Pai Maior) do universo. Sem isso serão mais mentiras, crises, torturas, bombas e mortes de quem estiver na frente dos donos da doutrina do choque.