sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mídia, por que não exumar o caso Banestado?


Temos visto desde de que Lula assumiu a presidência da República uma série de acusações da mídia e da oposição - tucanos de DEMos - de corrupção e atos ilícitos que teriam sido praticados pelo governo ou seus assessores diretos ou até dos ministros de Estado. A imensa maioria dessas acusações jamais foi provada, mas serviu para se tentar desestabilizar o governo Lula e trazer enormes prejuízos ao país e a seus milhões de brasileiros. A cara de pau foi tão grande dos acusadores que chegaram a criar um movimento para derrubar o presidente Lula em 2005. O Movimento "Cansei" foi idealizado pela elite branca paulista e tinha como membros alguns artistas da televisão, cuja atuação disfaçada era a indignação com o "caos aéreo" daquele tempo. Sem público e sem moral a tentativa de golpe fracassou, mas as acusações infundadas não cessaram. Aliás, continuam até hoje

Com a presidenta Dilma não é diferente. Sem qualquer base sólida a mídia solta boatos e factóides no intuito de criar embaraços ao governo, culminando por embaraçar, sim, a vida calma e crescente do país e de seus habitantes. Será que o crescimento do país incomoda tanto essa gente? Não é possível para essa gente que o Brasil cresça e distribua renda? Essa gente se acha dona do Brasil e das riquezas que o país produz?

A última acusação se refere ao crescimento do patrimônio do agora ministro Antonio Palocci em 20 vezes em quatro anos, cujos dados relativos constam na declaração do minstro. Mas a sanha acusadora da mídia não cessa. Ora, segundo se lê na internet em diversos blogs, o patrimônio da filha do ex-governador paulista José Serra cresceu 50 mil vezes. Ao que parece, a mídia prefere os boatos aos fatos ainda não investigados nem divulgados por essa mesma mídia. Por quê?

50 mil vezes maior

A empresa DECIDIR.COM BRASIL foi criada em 8 de fevereiro de 2000 com capital de R$ 100 (cem reais). No dia 22 do mesmo mês, a empresa mudou o nome para DECIDIR.COM BRASIL SA e a sócia Verônica Allende Serra, filha do ex-governador Serra, assumiu o cargo de diretora e vice-presidente da empresa.

Quarenta e dois (42) dias depois da criação da empresa, ou seja, a 21 de março de 2000, o capital foi aumentado para R$ 5 mihões: 50 mil vezes o valor de início.

Vale ressaltar que, antes da empresa DECIDIR, Verônica Allende Serra era sócia do pai na empresa de consultoria ACP - ANÁLISE DA CONJUNTURA ECONÔMICA E PERSPECTIVA LTDA. Aqui

Serra, mesmo não tendo declarado a empresa, conseguiu concorrer às eleições de 1994, 1996 e 2002. A mídia tupiniquim jamais tocou no assunto sobre a sociedade de pai e filha e do crescimento do patrimônio da filha.

Curiosidade

É nessa época que estoura talvez o maior roubo contra o Brasil. Calcula-se que no caso BANESTADO tenham sido desviados para os paraísos fiscais, via EUA, cerca de US$ 250 bilhões de dólares, de forma ilícita, fruto de desvio de dinheiro público e do crime organizado - tráfico de drogas e armas. Este último seria de US$ 12 bilhões.

Caso BANESTADO

A desviança teria começado em 1996 e tem nos extintos bancos BANESTADO e ARAUCÁRIA os meios por onde escorria o dinheiro. As contas CC-5 serviam para que brasileiros residentes no exterior pudessem ter conta corrente no Brasil, podendo o dinheiro ser movimentado do Brasil para qualquer país do mundo sem indicar a finalidade.

E assim foi na Tríplice Fronteira, em razão do comércio existente no Paraguai, que teria se montado o maior esquema de remessa dinheiro sujo ao exterior, via doleiros e laranjas. Um grande número de políticos ilustres do PSDB e PFL (atual DEM) figuram na lista dos que se beneficiaram do esquema de envio de dinheiro aos paraísos fiscais, conforme pode ser lido aqui.

O procurador Luiz Francisco de Souza chegou a acusar o ex-senador Jorge Bornhausen de ter enviado US$ 5 bilhões através do banco Araucária aos paraísos fiscais. Aqui. Não se sabe se a denúncia procede ou não.

Mídia omissa

Na série de matérias elaboradas pela revista IstoÉ Dinheiro aparece pelo menos o nome de uma jornalista. Fala-se, à boca pequena, que outros profissionais da comunicação estariam também envolvidos nas remessas fraudulentas, além de jogadores de futebol, artistas de televisão, políticos e outras autoridades. Á época falou-se que se o caso Banestado se tornasse público, o Brasil viria abaixo.

Outro ponto que a mídia não diz é que o delegado Castilho, que rastreou as contas no exterior, teria identificado cerca de 52 mil brasileiros ilustres nas remessas ilegais.

Ano passado, um jornal do Paraná chegou a mencionar que a PF teria identificado cerca de R$ 124 bilhões remetidos aos paraísos fiscais, via Banestado e Araucária. Este, pertencia à família do ex-senador Jorge Bornhausen.

Banestado foi morto e sepultado vivo no MPF

Chegou-se a criar uma CPMI no Congresso Nacional para apurar esses desvios, tendo como presidente o deputado federal José Mentor e o ex-senador Antero Paes de Barros como relator. Acusações de lado a lado sobre vazamentos de informações sigilosas enterraram vivo e inconcluso o caso no MPF. Um ou outro contínuo dos bancos teriam sido condenados, mas os cabeças do esquema jamais foram punidos ou até mesmo investigados.

Como punição, o delegado Castilho foi transferido, à época, para uma cidade de Santa Catarina e o procurador Luiz Francisco de Souza sumiu do noticiário midiático.

A história ficou com essa ferida aberta, mas a mídia insiste em dar ouvidos ao PSDB, DEM e aos contrários da elite branca numa tentativa clara de inviabilizar o crescimento do Brasil e o desenvolvimento de seus milhões de brasileiros, cujas oportunidades reais e verdadeiras surgiram a partir do governo Lula e prosseguem com Dilma.

Criações de FHC

O caso Banestado ocorreu durante o período em que FHC era presidente do Brasil. Nos estertores de seu governo, é dele as duas criações tidas como caminhos seguros para a impunidade: o Segredo de Justiça e o Fórum Especial para Políticos - devem ser julgados pelo STF. A alta corte já deu mostras do que é capaz.

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